Autarca de Amarante diz que previsão mais rigorosa permitiria atuação mais eficaz (C/FOTOS E ÁUDIO)
A Câmara de Amarante lamenta que a previsão sobre a evolução do caudal do Tâmega na última madrugada não tenha correspondido à realidade, o que impediu uma atuação mais eficaz da Proteção Civil, disse hoje à Lusa o vice-presidente.
Segundo Jorge Mendes, as previsões apontavam para que o rio não ultrapassasse os 6,5 metros de altura, mas o caudal chegou aos 7,3 metros, o que provocou a inundação parcial da rua 31 de janeiro e do largo do Arquinho.
O pico da cheia verificou-se após a meia-noite, com a água a ocupar uma das zonas mais baixas do centro histórico.
A alegada deficiência na previsão pelas autoridades competentes, admitiu Jorge Mendes, pode ter sido provocada por uma conjugação de fatores, nomeadamente as cheias no Douro, no Porto, a inundação em Chaves, a montante de Amarante, e as descargas das barragens espanholas.
Ainda assim, frisou o autarca, os prejuízos causados em Amarante, em algumas lojas inundadas, foram mitigados, porque a maioria dos comerciantes retirou a tempo os seus haveres dos estabelecimentos.
Neste início de tarde, quando o rio já retomou o seu leito, decorrem os trabalhos de limpeza das ruas e lojas afetadas pela cheia, com o envolvimento dos meios da Proteção Civil municipal e dos bombeiros.
Questionado sobre os prejuízos, o responsável frisou que ainda é cedo para uma avaliação, mas insistiu que a retirada prévia dos haveres dos comerciantes minimizou o impacto da cheia.
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Lusa/fim