A comunidade de Ameixêde, na freguesia da Eja, Penafiel, venerou, na sexta-feira, o Santo Amaro, santo lendário da península ibérica, numa procissão ancestral que se realiza sobre as ruínas de um monte onde em tempos existiu uma capela.
À semelhança de anos anteriores, o monte de Santo Amaro encheu-se de velas num espetáculo de luzes e cores que pode ser admirado em diferentes lugares da freguesia.
O ponto alto desta cerimónia foi a realização de uma cerimónia, celebrada pelo pároco Daniel Quintela, seguido da habitual procissão que foi acompanhada por vários fiéis e contou pela primeira vez com a presença do presidente da Câmara de Penafiel, Antonino de Sousa.
A história desde santo, discípulo de São Bento, remonta ao século XVIII. Segundo reza a lenda no lugar que é hoje conhecido por Monte de Santo Amaro terá existido uma capela designada de Ermida de Santo Amaro, datada de 1755. Com o decorrer dos anos, a capela foi-se degradando, mas a fé dos locais não esmoreceu e o culto ao santo manteve-se até à atualidade.
É neste ambiente que a 15 de janeiro, e cumprindo a tradição, o santo volta a percorrer o lugar de Ameixêde, num movimento que conta com a participação de todos os habitantes do lugar e que é vivido em plena espiritualidade.
A romaria de Santo Amaro continua a ser uma referência para a maioria dos crentes do lugar e um local respeitado por muitos outros que conhecem a história deste santo milagreiro.