O Tribunal de Contas aprovou o Plano de Saneamento Financeiro apresentado pela Câmara de Castelo de Paiva, o que permite poupar, em oito anos, 643.000 euros no serviço da dívida, avançou à Lusa o presidente da autarquia.
Segundo Gonçalo Rocha (PS), o plano prevê a contratação de um novo empréstimo, em melhores condições, permitindo amortizar o antigo.
O autarca sublinhou à Lusa que os ganhos têm a ver com a diminuição do ‘spread’ cobrado pela instituição de crédito, que passou dos originais 3,89% para os atuais 1,5%.
Além disso, no Plano de Saneamento Financeiro Ajustado foi assegurada uma “melhor distribuição na amortização” ao longo do contrato, até 2023, aliviando a fase inicial.
Esta alteração, explicou Gonçalo Rocha, criará melhores condições, em termos de liquidez, para a Câmara continuar a pagar o financiamento de 3,5 milhões de euros, no âmbito do PREDE (Programa de Regularização Extraordinária de Dívidas do Estado), contratualizado com a tutela em 2008.
O autarca de Castelo de Paiva sublinha que “o atual executivo, de maioria socialista, “não contraiu um cêntimo de dívida nova desde que assumiu a gestão da Câmara”.
Assinalou, por outro lado, que a autarquia suporta atualmente, com a dívida, cerca de dois milhões de euros por ano, o que, exclamou, provoca “uma situação de sufoco de tesouraria”.
Não obstante essa situação, o Município “tem honrado todos os compromissos de pagamento com fornecedores e empreiteiros”.
Desde que assumiu a liderança do executivo, adiantou à Lusa, foi possível reduzir a dívida de 16,5 milhões de euros que o executivo socialista herdou da anterior gestão social-democrata para os atuais nove milhões. Além disso, acabou-se com a dívida de curto prazo, que apresentava taxas de juro que chegavam aos 10%.
“Foi uma redução brutal, conseguida com muito rigor e esforço, mas sintonizada com investimento necessário e de qualidade, com muito trabalho de proximidade e de apoio às pessoas e às famílias”, vincou.
Gonçalo Rocha prometeu, também, continuar a trabalhar para melhorar as soluções de pagamento da dívida, baixando os encargos suportados pela câmara e libertando recursos financeiros para “um investimento de qualidade e próximo das pessoas”.
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